Acadêmica e Cultural

10 ANOS DE LITERATURA EM FOCO - entrevista

22/02/2010 20:08

    


O Literatura em Foco é um banco de dados muito rico em conteúdo na Amazônia e a Revista Identidade não poderia perder a oportunidade de entrevistar o idealizador/apresentador do programa – Abraim Baze. Sábado dia 20 de fevereiro, a Livraria Valer, representada por Tenório Telles e Isaac Maciel, prestou uma homenagem aos 10 anos do programa Literatura em Foco do Amazon Sat, oferecendo um café da manhã em comemoração. Várias personalidades e intelectuais ilustres cmpareceram, como Márcio Souza, Ana Peixoto, Robério Braga, Zemaria Pinto, Felipe Daou, Antônio Loureiro, Max Carpentier, Luiz Bacellar, entre outros.

Abraim Baze

                   

         Abrahim Sena Baze é formado em História,  é Diretor do Instituto Cultural da Fundação Rede Amazônica, um dos quatro escritores amazonenses que tiveram seus livros publicados no exterior, é Fundador e Diretor da Associação dos Escritores do Amazonas. Suas obras publicadas são:

- Colação Discursos Acadêmicos – IGHA.

- Colectânea de Poetas Rionegrinos, 1995 / esgotado.
- Álvaro Maia – Memórias de Um Poeta – 4.ª edição / esgotada.

- Miranda Corrêa – História e Memórias 2.ª edição / esgotada.

- Revisão Histórica do Legislativo da Câmara Municipal, 1983 – 1996, com outros autores / esgotada.

- A Saga dos Maçons Lusitanos no Amazonas, com outro autor, 1997, esgotado

- I Antologia Poética – ASSEAM – Poesias com outros autores / esgotada.

- Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Beneficente do Amazonas, 125 anos de História (1873- 1998). 2.ª edição.

- Ferreira de Castro – Um Imigrante Português na Amazônia Oliveira de Azeméis / Portugal.
- Escravidão – O Amazonas e a maçonaria edificaram a história.

- História da Rede Amazônica.

- A Saga de um Imigrante Português.

- Reserva Ambiental da Cachoeira da Onça.

- A Contribuição Econômica do Látex no Amazonas.

- Ferreira de Castro um Imigrante Português na Amazônia (edição no Brasil).

  Bem atencioso, respondeu a todas as perguntas e incentivou a Revista a continuar lutando para divulgar a literatura em nosso Estado.

 

 

  1. Nesses 10 anos de Literatura em Foco, teve alguém que você não conseguiu entrevistar?

 

Lamentavelmente faleceu essa semana, o Professor Aderson Dutra, que foi Reitor da Universidade Federal do Amazonas e era membro da Academia Amazonense de Letras.  Durante muitos anos eu insisti e até cheguei a levar na casa dele uma equipe de reportagem para ver se ele cedia uma entrevista, mas ele sempre foi afastado da mídia e ele nunca gostou disso. Eu lamento profundamente porque de todos os acadêmicos ele era o único que eu ainda não tinha entrevistado, não pela minha ausência, mas por decisão dele, e agora mesmo que a TV queria prestar uma homenagem ao professor, não tinha um programa feito com ele, foi uma dificuldade, tivemos que colocar uma foto. Infelizmente não ficamos sem essa memória.

 

  1. Quais foram as entrevistas que marcaram a história do Literatura em Foco?

Sem dúvida eu posso citar duas, a primeira com o Professor Samuel Benchimol, já sofrendo de uma doença terminal, na época do lançamento do seu centésimo livro- Zênite muito gentil me concedeu a entrevista para falar de sua obra.

A segunda entrevista eu destaco uma moça que veio de Tefé e cursava Letras, realizava quermesses e feijoadas com colaboração de comerciantes locais para arrecadar fundos e conseguir editar o seu livro. Chegou à Manaus e falou que se o livro tivesse dignidade ela gostaria de ter uma oportunidade de apresentar seu livro no programa. Sem pegar no livro eu disse que ela já era minha convidada.

Essas duas entrevistas me marcaram muito por ser uma de um ícone e a outra de uma emergente que veio do interior. Várias vezes eu dediquei o programa as pessoas do interior.

 

Não importa a qualidade de um livro, só o fato de fazer deve ser respeitado!

 

 

  1. Como o senhor defini a importância e a colaboração de muitas pessoas, não só intelectuais e também acadêmicos no Flifloresta que já faz parte do eventos culturais do Estado?

 

Malucos! O Flifloresta é feito por sonhadores e malucos, vou tomar o parâmetro do Flifloresta em Parintins. Essas moças (coordenadoras do Festival) que chegam primeiro para organizar, colocaram mais de mil pessoas no auditório, entre elas autoridades, intelectuais, professores e principalmente acadêmicos para participarem do evento, tínhamos mais de 150 pessoas em pé. As escolas públicas compareceram e fizeram questão de paralisar as aulas e levar seus estudantes. O Flifloresta é um corpo a corpo de várias partes – escritores e leitores. Levar o livro até o leitor é o objetivo do Festival e já somos parte do calendário de várias cidades do Estado.

 

  1. Qual sua posição sobre a Copa de 2014 no Amazonas?

 

Sou plenamente favorável. Nós não podemos nos preocupar com os jogos que irão acontecer aqui, nós temos que nos preocupar com o que vai ficar, pois a cidade vai ganhar em infra-estrutura. Com as construções e reformas na cidade serão gerados empregos e isso por si só já é de grande valia. Estou sonhando com o monotrilho. Espero que o Governador tenha coragem, apoio e recursos para fazer o que tem que fazer.

 

Agrademos ao amigo Abraim Baze e sua equipe por ter nos recebido.

 

 

 

 

Reportagem: Eric Venício, Uysses Chagas e Bruna Chagas.

Fotos: José Farias

www.literaturaemfoco.com.br

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